A escolha que mudou minha vida e me preparou para o futuro
Condor Blanco é uma organização dedicada a guiar as pessoas em seu crescimento pessoal e humano, através de experiências profundas.
Tive a sorte de conhecer a organização aos 18 anos, em uma viagem ao Chile com meus pais e amigos da família. Naquela época, toda a operação estava instalada em um terreno em Curarrehue, às margens do rio Trancura.

Os dias que passei fazendo atividades fascinaram tanto a minha essência quanto o meu espírito aventureiro. Durante o acampamento tive a oportunidade de conversar com Suryavan, fundador da organização e mestre dos instrutores. Foi um encontro relativamente curto, e eu não estava preparado para aquele momento.
Sentados sob uma grande árvore, no meio da conversa ele me perguntou:
— “O que você quer?”
Uma parte de mim respondeu sem pensar nem por um segundo:
— “Quero morar aqui e ser instrutor.”
Suryavan me olhou, refletiu por alguns instantes e disse:
— “Volte aqui no ano que vem para um treinamento de instrutores. Fale com Lerix, ele vai te orientar.”
Um ano depois, parti a pé de São Leopoldo, no Sul do Brasil, rumo a Curarrehue. Tinha apenas 50 dólares para a viagem. Demorei 13 dias para chegar, mas cheguei com os mesmos 50 dólares no bolso. A ideia era ficar um verão, mas acabei permanecendo por 3 anos.
Inicialmente fui orientado a ajudar na organização do dia a dia do acampamento, em paralelo aos treinamentos. Nessa época agradeci muito por ter tido um pai que me ensinou a consertar coisas e me deu as bases para aprender rápido e ser útil.
Gostei tanto da vida na cordilheira e da função de construir e consertar, que no fim da temporada Suryavan me convidou para ficar e trabalhar na construção do novo acampamento, no terreno que haviam adquirido a alguns quilômetros da fronteira com a Argentina.
Foram 3 anos em uma casa sem terminar, com apenas uma torneira, fogão a lenha, sem eletricidade nem água quente. Internet não existia, e a cidade mais próxima ficava a 25 km. O único canal de comunicação era um rádio amador a bateria. Ali fiz dois irmãos para a vida, passei invernos rigorosos e verões intensos, aprendi a viver, decidir, fazer e amar.
Quando fui embora deixei uma barragem que abastecia água ao campamento, um refeitório para 200 pessoas, um salão de conferências, uma casa recepção, 2 casas, 5 tipis, várias áreas limpas para os workshops, um caminho de acesso amplo e transitável e uma estreita relação com todas as pessoas da comunidade local.
Agradeço a Suryavan por tudo o que me ensinou e ao Condor Blanco por ter sido o meu lar e minha primeira grande aventura .
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